mademoiselles e messieurs

domingo, 30 de janeiro de 2011

A filha pródiga.....

Constatei ,ao regressar, depois de quatro anos . á cidade onde nasci e onde ainda tenho família, que o tempo passou mesmo e em alguns momentos ele foi cruel, impiedoso. A cidade mudou e junto com ela as pessoas também, procuro no rosto destas algo que me faça reconhecê-las mas não logro êxito e a explicação está no fato de que a cidade está cheia de caras novas, de sotaques diferentes,  de estrangeiros baianos, paulistas, piauienses, cariocas, maranhenses, não conheço mais ninguém.Pergunto-me onde estão as figuras maravilhosas, cheias de histórias , de conhecimentos, que me fascinavam no passado? Não as encontro ,ou ,quando tenho a sorte de encontrar alguma, estão velhinhas, com problemas de saúde, típicos da velhice e não tem a menor ideia de quem eu seja. O tempo passou para mim, para elas , impunemente. O mesmo ocorreu com a cidade, cresceu muito, apesar de ser protegida pelo IPHAM, que restringe um pouco a especulação imobiliária, muitas construções surgiram, me entristeci em especial, ao ver que o casarão antigo que era a residência dos meus avós paternos, hoje, é um sobrado e um mercantil, da casa da minha infância só restaram as lembranças, boas e belas recordações.Não pertenço mais á esse lugar e aquela máxima de que nossa casa é onde vivemos e nos sentimos bem, nunca me pareceu tão verdadeira, não sou a filha pródiga que à casa torna, não me senti acolhida, nada me pareceu familiar, sou uma estranha, numa terra mais estranha ainda, verdadeiramente, a única coisa que me prende aqui  é a minha avó, essa velhinha querida, que tem se mostrado uma guerreira incansável, diante dos prognósticos mais sombrios dos "doutores médicos, ela não se entrega e surpreende á todos nós. Hoje, logo de manhãzinha, a ambulância veio buscá-la, doeu ver naquela maca o seu corpinho frágil e indefeso, durante á noite ela teve uma recaída e uma pneumonia foi dignosticada. O clima  aqui, é  uma atração à parte, às vezes chega a ser  implacável, faz muito frio, chove muito, a cidade amanhece todos os dias envolta a uma neblina, que muitas vezes me faz pensar que estou numa cidadezinha européia. Tempo delicioso para um cafezinho com bolo de milho de verdade, pamonha, rosca queijo, petas, o que me fez desencanar do peso, da balança, da dieta. Simplesmente estou me permitindo. Devo passar mais alguns dias na "Suíça brasileira" mas  louca pra voltar para o calor aconchegante da minha Fortal. Puro delírio!!!
Por hora, essas são as novidades, as impressões, quando retornar. na próxima semana visitarei cada um de vocês, já que aqui a Claro 3G é um fenômeno nos quesitos lerdeza e inoperãncia , conseguindo tirar do sério até  um monge tibetano, também é o motivo por não postar as fotografias que tirei, vai ficar para uma próxima. Permaneçam com Deus.

4 comentários:

  1. Retornar ao passado nem sempre nos traz aconchego mesmo. Mas eu acredito que isso se deve mais ao nosso egoísmo do que aos fatos, sabe? A gente quer tudo pra nossa vida - saúde, sucesso, casa nova ou reforma na antiga, quer mudar o corte do cabelo, às vezes até a cor, quer dar uma mudada no visual, quer ler mais, aprender mais, ser mais 'descolada'...e corremos atrás até conseguir tudo isso.
    Aí depois que a gente consegue, chega uma hora que dá aquela saudadezinha das raízes e no fundo queremos que tudo esteja nos esperando exatamente do jeito que deixamos. Sem pensar que nós não somos mais os mesmos de quando deixamos...é a dinâmica da vida.
    Às vezes é inevitável que a gente se sinta meio 'atropelado' pela roda do tempo, eu entendo como vc se sente...
    bjs e curta bastante a sua vovó!

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  2. Acontece isso com muita gente, amiga! Moro perto da aldeia onde nasci; quase não vou lá. Tudo me parece estranho e vejo a casa onde nasci meio que abandonada. As pessoas ainda me conhecem, mas o tempo passou, deixámos de conviver e parece que já não há assunto; não tenho lá ninguém, pois os meus pais e irmão estão no Brasil onde eu também morei muitos anos. Agora a minha cidade é ontra, onde vivo e onde me sinto bem; tudo passa...tudo muda...até as cidades. Desejo as melhoras da tua avó e, enquanto ela aí estiver, ainda podes considerar essa cidade como tua; depois, é melhor esqueceres! Um beijinho e...volta logo. Uma boa semana
    Emília

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  3. Oi amiga!

    Tem um selo pra você no meu blog!

    Abraço.

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  4. Ô amigaaaaa, o tempo passa p tds neh.....
    Saudades
    Bjks em seu heart, Vanessa Ramos
    maquiagemehtudo.blogspot.com

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