Constatei ,ao regressar, depois de quatro anos . á cidade onde nasci e onde ainda tenho família, que o tempo passou mesmo e em alguns momentos ele foi cruel, impiedoso. A cidade mudou e junto com ela as pessoas também, procuro no rosto destas algo que me faça reconhecê-las mas não logro êxito e a explicação está no fato de que a cidade está cheia de caras novas, de sotaques diferentes, de estrangeiros baianos, paulistas, piauienses, cariocas, maranhenses, não conheço mais ninguém.Pergunto-me onde estão as figuras maravilhosas, cheias de histórias , de conhecimentos, que me fascinavam no passado? Não as encontro ,ou ,quando tenho a sorte de encontrar alguma, estão velhinhas, com problemas de saúde, típicos da velhice e não tem a menor ideia de quem eu seja. O tempo passou para mim, para elas , impunemente. O mesmo ocorreu com a cidade, cresceu muito, apesar de ser protegida pelo IPHAM, que restringe um pouco a especulação imobiliária, muitas construções surgiram, me entristeci em especial, ao ver que o casarão antigo que era a residência dos meus avós paternos, hoje, é um sobrado e um mercantil, da casa da minha infância só restaram as lembranças, boas e belas recordações.Não pertenço mais á esse lugar e aquela máxima de que nossa casa é onde vivemos e nos sentimos bem, nunca me pareceu tão verdadeira, não sou a filha pródiga que à casa torna, não me senti acolhida, nada me pareceu familiar, sou uma estranha, numa terra mais estranha ainda, verdadeiramente, a única coisa que me prende aqui é a minha avó, essa velhinha querida, que tem se mostrado uma guerreira incansável, diante dos prognósticos mais sombrios dos "doutores médicos, ela não se entrega e surpreende á todos nós. Hoje, logo de manhãzinha, a ambulância veio buscá-la, doeu ver naquela maca o seu corpinho frágil e indefeso, durante á noite ela teve uma recaída e uma pneumonia foi dignosticada. O clima aqui, é uma atração à parte, às vezes chega a ser implacável, faz muito frio, chove muito, a cidade amanhece todos os dias envolta a uma neblina, que muitas vezes me faz pensar que estou numa cidadezinha européia. Tempo delicioso para um cafezinho com bolo de milho de verdade, pamonha, rosca queijo, petas, o que me fez desencanar do peso, da balança, da dieta. Simplesmente estou me permitindo. Devo passar mais alguns dias na "Suíça brasileira" mas louca pra voltar para o calor aconchegante da minha Fortal. Puro delírio!!!
Por hora, essas são as novidades, as impressões, quando retornar. na próxima semana visitarei cada um de vocês, já que aqui a Claro 3G é um fenômeno nos quesitos lerdeza e inoperãncia , conseguindo tirar do sério até um monge tibetano, também é o motivo por não postar as fotografias que tirei, vai ficar para uma próxima. Permaneçam com Deus.
Por hora, essas são as novidades, as impressões, quando retornar. na próxima semana visitarei cada um de vocês, já que aqui a Claro 3G é um fenômeno nos quesitos lerdeza e inoperãncia , conseguindo tirar do sério até um monge tibetano, também é o motivo por não postar as fotografias que tirei, vai ficar para uma próxima. Permaneçam com Deus.
Retornar ao passado nem sempre nos traz aconchego mesmo. Mas eu acredito que isso se deve mais ao nosso egoísmo do que aos fatos, sabe? A gente quer tudo pra nossa vida - saúde, sucesso, casa nova ou reforma na antiga, quer mudar o corte do cabelo, às vezes até a cor, quer dar uma mudada no visual, quer ler mais, aprender mais, ser mais 'descolada'...e corremos atrás até conseguir tudo isso.
ResponderExcluirAí depois que a gente consegue, chega uma hora que dá aquela saudadezinha das raízes e no fundo queremos que tudo esteja nos esperando exatamente do jeito que deixamos. Sem pensar que nós não somos mais os mesmos de quando deixamos...é a dinâmica da vida.
Às vezes é inevitável que a gente se sinta meio 'atropelado' pela roda do tempo, eu entendo como vc se sente...
bjs e curta bastante a sua vovó!
Acontece isso com muita gente, amiga! Moro perto da aldeia onde nasci; quase não vou lá. Tudo me parece estranho e vejo a casa onde nasci meio que abandonada. As pessoas ainda me conhecem, mas o tempo passou, deixámos de conviver e parece que já não há assunto; não tenho lá ninguém, pois os meus pais e irmão estão no Brasil onde eu também morei muitos anos. Agora a minha cidade é ontra, onde vivo e onde me sinto bem; tudo passa...tudo muda...até as cidades. Desejo as melhoras da tua avó e, enquanto ela aí estiver, ainda podes considerar essa cidade como tua; depois, é melhor esqueceres! Um beijinho e...volta logo. Uma boa semana
ResponderExcluirEmília
Oi amiga!
ResponderExcluirTem um selo pra você no meu blog!
Abraço.
Ô amigaaaaa, o tempo passa p tds neh.....
ResponderExcluirSaudades
Bjks em seu heart, Vanessa Ramos
maquiagemehtudo.blogspot.com