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(MARÇO DE 2011) |
Saudades do blog e de visitar vocês. Mas tive dias caóticos, uma semana cuidando da mocinha doente,com ida à emergência do hospital da Unimed, que diga-se de passagem, ninguém merece, simplesmente lotadérrima. Guardada as devidas proporções e o fato de ser pago, não vejo muita diferença do atendimento privado para o Sus, será, ou estarei eu, exagerando? A emergência estava cheia, crianças saindo pelo ladrão, de todas os tamanhos, chorando por todos os lados, mães com cara de cansaço, pais, fazendo figuração, pois, não tem jeito, nessas horas, as crias só querem nós, velhas combatentes de guerra. É no nosso colo onde encontram conforto, no meu caso, com ela agora crescida, é no meu ombro que encontra arrego.Vendo tanto chororô, agradeci á Deus por não ter filhos pequenos, dei graças pelos meus adolescentes, pois, pelo menos agora eles sabem dizer aonde doí e o diagnóstico é mais rápido. A minha mocinha já estava irritada e aflita com tanto berreiro, e olha que foi ela que fez questão de ir para o hospital, fato que me deixou preocupada e com a certeza que ela não estava realmente bem. Assim, como eu, ela detesta hospital e médico, quando eu chego próximo de seres vestidos de branco, tenho duas impressões:ou é alma ou é médico. De alma eu não tenho medo( quer dizer mais ou menos, né?), mas de médico...sempre me dá uma moleza nas pernas e a sensação que vou desmaiar . Porém, quando se trata dos filhos (cheiro éter, dou uma cafungada no álcoll gel, uma narigada no amoníaco, na acetona,ou no que tiver mais perto e que me ajude a não desmaiar),viro uma fortaleza, aguento o tranco , me transformo na pessoa mais corajosa e forte do planeta. É que assim como vocês sou mãe, sou mulher-maravilha. .Fiquei com pena da menina, primeiro porque nessa hora percebo o quanto ela é frágil e que ainda precisa muito de mim, depois, porque a menininha achava que ia ser atendida na emergência adulta, mas que nada nos mandaram para a pediatria. Tadinha, ela pensava que era gente grande, no entanto, não passava de uma "cliente azul infantil", estava ali na senha. Sim, senha, por que não??? Porque tal como no Sus, quem tem plano de saúde recebe senha, e é senha pra tudo, senha para o cadastro ou pré-atendimento e senha pra ver a médica. Que cá pra nós, eu não confio muito não.Não consigo entender a estranheza e o distanciamento desses profissionais, eles mal nos cumpimentam, são lacônicos. Sei lá, eu tenho experência em lidar com o público, em atender gente e sempre tenho um sorriso, um dedo de prosa, guardados pra eles, tenho paciência de sobra para ouvi-los e ajudá-los, e a minha clentela sempre foi grande e extremamente carente, gente com problemas jurídicos sérios e com experiências de vida pra lá de tristes.. Mas enfim, quem sou eu pra julgar o comportamento de quem quer que seja, só não aceito negligência, indiferença e incompetência em diagnosticar meus filhos, o resto dá pra encarar, nunca tive medo de cara feia, aliás, pra mim cara feia é fome. Não é que desta vez, tivemos sorte com a médica, não era nenhuma simpatia mas pelo menos auscultou a menina, fez algumas perguntas e laconicamente respondeu as minhas. Diagnóstico: A menina estava apenas gripada, o que para mim era motivo de alívio, já que a última vez que estivemos no mesmo hospital, ela estava com pneumonia, já até perdi a conta de quantas vezes ela esteve internada por complicações respiratórias, por conta de pneumonias e crises de asma. Eu costumo ser muito descrente com relação a estes diagnósticos bate - pronto, do tipo: É só uma gripe, mãe. É virose, mãezinha. Por isso, tento me controlar nessa horas, para não mostrar o quanto sou uma mãe neurótica, nervosa e hipocondríaca , tive que me esforçar pra não pedir um raio x de pulmão, uma ressonância e sei lá mais o quê, uma tomografia computadorizada, talvez." Devia ter pedido ao menos um hemograma, pensei depois, na volta pra casa".Naquele momento, entretanto, resolvi desencanar, fiquei "tranquila" e aceitei o diagnóstico da gripe, com todos os antibióticos que ela prescreveu, o aerosol e o xarope. Dizem as pesquisas que realizar multitarefas compromete a eficiência. Tenho minhas dúvidas quanto a isso( preciso pensar mais sobre o assunto), nos dias atuais, qual mulher não executa várias tarefas, não desempenha vários papéis ao mesmo tempo? O fato é que desde que sai do hospital, estou exercendo uma outra função, a de enfermeira da menina, agora sou: advogada, dona de casa, mãe e enfermeira. Dormir que é bom , nada, o remédio é de hora em hora, tem a preparação do aerosol, tem o drama que a menina faz pra tomar a medicação e a proibição expressa por parte dela de não me aproximar do meu notebook. Isto está com cheiro de chantagem? E é mesmo, reconheço que é a mais pura e barata chantagem mas eu sempre caio nessa, por mais que depois me arrependa . Ainda há pouco, quando me sentei para postar este texto ela disse: Aff.. já vai entrar nisso? Vou sim 9respondi com um sorriso amarelo). Graças à Deus ela já está bem, e agora somos eu e o menino que estamos doentes. Meu corpo doí muito, minha garganta tá um suplício... Emergência da Unimed? Vou não, só no último suspiro é que chego por lá. Próxima semana, todo mundo vai ao médico, esse de verdade, que conhece os meninos desde pequenos, e que depois de cada consulta ainda dá pirulitos e brinquedinhos pra eles, tal como fazia quando eles eram bebês, que sabe exatamente que tipo de mãe eu sou, calma, pero, no mucho, curiosa e cuidadosa. Nesses dias de epidemia de dengue, é preciso ter cuidado com diagnósticos simplistas demais, como virose e gripe. Ah, e eu explique pra menina que o médico que trata de adolescentes é o herbiatra e que pediatra é o que trata de bebês. Ela olhou pra mim e disse: Grande coisa!!! Dá tudo no mesmo. Será????
Agora, mudando totalmente de assunto (provando que a minha disritmia não me abandona nunca), quero mostrar algo pra vocês: No ano passado, falei dele por aqui, quando ele era apenas um projeto, não é um sonho, porque eu nunca sonhei com este tipo de coisa, sou nômade por natureza, gosto de estar ora aqui, outra acolá, mas depois que a gente tem filho é preciso mudar conceitos, estilo de vida, ser mais pragmática, enfim, é preciso "caretar" um pouco. Eu estou tenando ser um pouco "normal", se vou conseguir, é uma icógnita mas tou tentando, já tenho até um lugar pra fixar residência e pra quem me conhece isto significa uma EVOLUÇÃO. Queria mostrá-lo pra vocês, o prazo de entrega é dezembro de 2011, queria vê-lo com bons olhos, como algo bom mas ele me dá ideia de conformismo, de rendição, de ter que fincar os pés pra sempre no mesmo lugar. Será que ainda vou conseguir voar? Não quero que me cortem as asas, ainda mais, que me cerceiem os sonhos, mais ainda..... Vamos ás fotos???
- Quando se compra um imóvel na planta é preciso atentar para certos detalhes, é preciso tomar alguns cuidados. Por mais que você saiba que a construtora é idônea, séria e conhecida no mercado imobiliário, mesmo assim, é necessário precauções. Deve-se ler tudo antes de assinar, principalmente cláusulas de conteúdo grande e letras miúdas, deve-se guardar tudo referente ao imóvel, toda a papelada, todos os recibos,todo o material publicitário, como propagandas, folders,etc. É prevenir pra não chorar depois. BEIJOS E VOU FAZER O POSSÍVEL PARA VISITAR VOSSOS CANTINHOS.
E aqui, é como ele deve ficar depois de pronto, em dezembro de 2011:
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Gran Royale Home Resort |
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Esse pedaço de verde foi determinante na minha escolha. |
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O início |
Passei o mesmo sufoco que o seu essa semana, só que c/ meu outro "filho"...explicando com meu Pai, afinal depois de certa idade nossos pais se tornam nossos filhos.
ResponderExcluirLevei-o ao São Carlos, visual igual ao da Unimed...um monte de gente e horas p/ ser atendido...c/ um detalhe ele tem direito a atendimento preferencial...cheguei lá pelas 17:20 e só consegui sair às 21:40...sem resultado algum a respeito do que ele tinha.
Resultado ontem lá fui eu novamente c/ ele a outro médico, só que agora s/ ser emergência...passaram mais exames...e ele ainda me sai chateado pq diz que os médicos de agora não passam mais remédios e sim exames...e assim como ele irá ficar bom...kkkkkkk
Espero que fiquem bons logo.
bjs
Oi, Yanne!
ResponderExcluirOlha, por aqui pelo menos eu posso garantir: sem plano de saúde estamos à espera da morte sem nem direito à uma aspirina.
Minha madrinha (que faleceu em fevereiro) não tinha plano de saúde, e era paciente regular de um hospital em Laranjeiras (cardíaco), quando começou a passar mal, a família logo chamou o SAMU e explicou todas as muitas complicações que ela tinha. Depois de uns 10 minutos, minha prima me telefonou e pediu que eu fosse até lá. Eu estava deitada, de pijama, levantei, troquei de roupa e fui pra lá. Cheguei antes do SAMU! Ela já havia feito a passagem dela, mas aí esperamos a lerdeza dos médicos para atestarem o óbito, e é com tristeza que eu admito sentir isso por um filho de Deus semelhante a mim: senti nojo do médico e da enfermeira. O médico parecia alcoolizado, a enfermeira era uma idiota que queria nos indicar uma funerária.
Pelo menos com nossos planos confiamos que não morreremos à mingua...realidade triste que envergonha meu sangue verde-amarelo.
Melhoras pra vc, viu! E parabéns pela futura casa nova, isso é motivo de alegria, é uma conquista!
bjs
Olá, Yanne!
ResponderExcluirVim agradecer sua visita no meu blog e tbm por seguir. Obrigada mesmo. Tbm gostei do teu blog e estou super seguindo. Volte sempre que quiser.
Bjão
|MaBe|
Li o seu texto Yannes e revi-me nele, como pode imaginar, embora já há anos não passe por isso, pois os meus filhos já são adultos; de qualquer modo, quando há qualquer coisa lá vai a mãe aconselhar se será melhor ir ao médico se esperar mais um pouco. Enfim...sempre a mãe.Mas se não fossemos nós acho que ficaríamos tristes, não? Afinal nós é que passámos pelo parto, pelas noites em claro, pelas idas ao pediatra... acho que eles são mais nossos que do pai, não acha? Quanto à sua nova casa, é linda e o lugar deve ser maravilhosos. Desejo que seja muito feliz nela. Um beijinho e até breve
ResponderExcluirEmília
passando pra desejar bom fim de semana.
ResponderExcluirBjoss