Aconteceu comigo. A culpa é de quem ? Do computador, minha senhora.

ATENÇÃO:

"SE VOCÊ CONSEGUIR LER ESSE POST ATÉ O FINAL, PARABÉNS, VOCÊ ACABA DE ENTRAR NO MEU TESTAMENTO."

Por favor, não subestime a minha inteligência, nem me faça perder a infinita paciência com a qual fui
abençoada. Daí que uma resposta imbecil e cínica tem o dom de  me tirar do sério. Há uns três meses, aconteceu algo comigo, que desencadeou uma série de reações e sentimentos diversos dentro de mim. Por que só estou comentando agora?.Pra ser sincera já tinha rabiscado alguma coisa (detalhe: data do post), mas só agora digeri tudo  e, como ocorre nessas situações, eu só consigo falar, me abrir, depois que encontro uma forma saudável de lidar com os fatos,  quase sempre recorro ao meu humor peculiar, é ele que me socorre. Coisa de doido? Sim!!!!!!!



 Mas vamos aos fatos. Era uma manhã chuvosa,  de janeiro, quando fui ao colégio onde meus filhos estudavam (e estudam até hoje),  para saber se eles haviam passado na recuperação (pra quem ainda não sabe, eles passaram!!!) e para providenciar as matrículas. Primeiro, deixa eu esclarecer, detesto pedir o que quer que seja a qualquer pessoa. É orgulho? Não, é vergonha mesmo. Porém, entra ano e sai ano,  a  agonia se repete, tenho que falar com um tiozinho para ele autorizar a redução no valor das mensalidades , é um abatimento de R$ 100,00 que eu tenho direito , por serem dois filhos . Sei que é um direito meu, então, alguém me explica, por qual motivo eu sempre tenho a impressão de que estou pedindo esmola. Melhor resposta: Porque apesar de  merecer tratamento "vip", lá,  na tal escola, eles só conhecem o "tratamento vil', de vilipêndio.Isso faz sentido, a começar pelo " homem do desconto", que é um nojo em carne e pescoço, arrogante ,prepotente , e  eu sempre acho que tenho que pedir perdão por estar  dirigindo a palavra a tal entidade. Como sempre, fui super mal tratada, mas já que estava lá o melhor era apanhar sem chorar, aguentar e resolver logo o problema. Santa ingenuidade,  dessa criatura, pois, o pior ainda estava por vir e veio , eis ,que o tiozinho do cão, ao acessar o computador me jogou na cara que as matrículas não poderiam ser feitas, por eu me encontrar em  inadimplência, no mês de abril de 2010. Só não cai da cadeira por obra da divina providência, em compensação, devo ter ficado de todas as cores:  rosa de vergonha,  azul de " passada",  amarela de susto e finalmente vermelha de raiva. Pensem no susto, fiquei arrasada. Agora,  imaginem, a cara de satisfação,  quase demoníaca, eu diria,, desse homem,  por um momento pensei ter visto um tridente na mão dele, ele parecia estribuchar (perdoem -me os jumentos pela infeliz comparação), regozijar,com aquela situação, não sei se tudo  não passou de  ilusão de óptica, ainda, tenho dúvidas,pois, ele parecia possuído. Certamente, estava em êxtase diante da iminência de humilhar mais um ser humano.


Continuei olhando para  aquela cara macerada, incrédula  e constrangida, que   nem percebi quando a menina da matrícula entrou na sala , só notei a presença dela, ao sentii um movimento brusco arrancando os papéis que estavam na  minha mão (era ela, sem pedir licença),  depois,notei que ela tinha tascado  um carimbo vermelho vetando as matrículas. Pronto, eles conseguiram, minha paciência foi para o quinto dos infernos, mesmo assim, fervendo por dentro e pedindo pra Jesus intervir na causa, argumentei mais uma vez que não estava devendo p&##$ nenhuma  e que aquela m _#_@ de colégio era pago religiosamente em dia  (é lógico que não chamei palavrão nenhum , vontade é que não me faltou).Em vão, gastei saliva, cansei minha língua, não tinha jeito ,estava ali no computador e computador não erra, hum.... tá bom!!! Eu devia e pronto. Só tinha uma alternativa, ou pagava ou  ia presa, mentirinha (no Brasil ninguém vai preso por esse tipo de dívida). Mas a situação era tão ruim quanto  ir pra cadeia (???),  ou , eu achava os recibos  e os enfiava na "c a r a " dessa figura ,ou, tava lascada e teria que pagar tudo de novo (com multa e juros, desde Abril).

Aperreada, eu pensei, só Santa Teresinha na causa , não é suficiente, juntei  uma legião de santos que conhecia , coloquei a turma pra trabalhar, implorando por um milagre:" Meus Santinhos, façam com que esse computador sofra uma pane e exploda  para todo o sempre,  apagando o meu nome, o meu endereço e principalmente essa dívida. Amém." Enquanto, eu e os meus santos conversávamos por telepatia, ou seria sinestesia?(foco, minha filha), fui  vilipendiada, fui tratada com grosseria  e quando percebi  que o "computador e o tiozinho" estavam mesmo era  a fim de me sacanear,  fui pra casa procurar os tais recibos. Passei a tarde mexendo em papéis e era um espirro atrás  do outro, quem tem rinite sabe como o nariz fica quando se mexe em caixas e papéis empoeirados, aí que encontrei tudo.....o que não estava procurando e nada dos recibos.Á essa altura, já estava chorarando de raiva , de cansaço e  estava  quase desistindo de procurar, quando  lembro da minha Santinha de novo, aquela que nunca me desampara  e não é que os carnês aparecem na minha frente, assim, num passe de mágica (???).Eu sei que uns irão dizer que não achei antes porque estava nervosa, já outros, irão concordar que houve a intervenção divina ,  o que importa  é que eu acredito nisso (na intervenção da minha Santa) e que achei os benditos recibos,bonitinhos e quitadinhos .


Fumando numa quenga, de tanta indignação, porém,aliviada ,voltei ao Colégio (8- 1) de Setembro, para desfazer o engano e esfregar os  carnês na fuça do tal diretor. Acabei não fazendo isso não, fui atrás de um dos donos da "maloca", pois, o tiozinho já havia cansado a minha beleza e confesso que tenho ânsias de vômito quando preciso lidar com gente desse tipo. Assim, o filho do dono do colégio,  foi quem me recebeu e ao ver os papéis que eu trouxera, ele parecia um abestado,  analisou por muito tempo a prova da minha inocência , sem dizer uma palavra. Eu, já  com a paciência no grau zero, tentei  esclarecer a situação,  o rapaz  abobalhado, mantinha os olhos ora na tela do computador que piscava mostrando-lhe  a dívida, o crime, ora , nos carnês quitados.Ô canseira, tenho preguiça com esse tipo de coisa, detesto que me façam perder tempo, finalmente, o homem  de pouco cabelo (eufemismo), olha  para mim e diz: "Minha senhora, me desculpe mas o computador errou." Juro que nessa hora, senti vontade de chamar a Raquel, minha irmã gêmea, ou melhor dizendo, o meu lado mau,  para  que ela falasse umas poucas e boas para aquele careca respirei fundo, me contive e fiz apenas uma observação óbvia :"O computador uma ova, meu senhor ,quem errou foi a pessoa que o estava manuseando e que eu não sei porque cargas d água , mas eu hei de descobrir, resolveu infernizar a minha vida. É uma saída fácil e cretina colocar a culpa numa máquina por um erro grosseiro que me causou tanto constrangimento". Deixei o diretor lá, com cara de p*t@ ruim!!!

É verdade, que eu poderia ter resolvido essa querela, de outro modo, mas sou o tipo de gente que procurar contemporizar, uma pacificadora radical. Sou  advogada por vocação e como tal, conheço os meus direitos e ,quando é  preciso eu brigo, eu luto, pra impedir que o direito meu ou de outrem seja lesado, maculado. Mas sempre que posso opto pelo diálogo , pelo acordo entre as partes, por mais que a parte contrária se julgue em situação mais favorável e com isso intimide , cometa excessos, ainda assim, acho que um acordo , até mesmo um acordo ruim,é melhor, do que levar um conflito ás últimas consequencias, aos tribunais. Se fiquei satisfeita com o rumo dessa história? Claro que não, como disse, demorei para  engolir tudo isso, mas escrever sobre o que aconteceu, ajuda  muito.Rir, mesmo que nas situações mais adversas, é um ótimo remédio, também.Por outro lado, fiquei feliz por descobrir que sou uma pessoa cuidadosa, temerosa e que por isso guarda todos os pagamentos e extratos ,para futuras confrontações.  Portanto,VAMOS GUARDAR ESSA PAPELADA , meu povo!!! Fiquei orgulhosa com a minha atitude, não me calei, não me dobrei, mostrei que eu estava com a razão e deixei os prepotentes mudos por alguns instantes, pelo menos até encontrarem a próxima vítima

Lamento, que um  colégio tido como  um dos mais tradicionais  de Fortaleza, um  lugar onde os meus filhos estudam desde pequenos, uma escola com tanta história , seja tão despreparado para lidar com o seu público-alvo.  Infelizmente, a cada ano  que passa acumulo mais  decepções , o que reforça o desejo de que os meninos mudem de colégio. Pra eles que estudam nesse lugar, há tantos anos , é uma mudança que não querem fazer, por conta dos amigos, por isso, continuam por lá, até quando????.Não sei.. Respeito a decisão deles mas não acredito mais nessa  "empresa".  Não se educa uma criança, um adolescente, um jovem, num local onde falta o básico, que é o respeito pelo ser humano. E NÃO ME VENHAM DIZER QUE A CULPA É DA MÁQUINA, PORQUE ESSE  TIPO DE DESCULPA EU NÃO ENGULO!!!!!