mademoiselles e messieurs

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Idas e voltas, o roteiro que já cansou...






Ah... a vida, minha vida parece está em "pause", sem ida, sem volta, presa à um passado que nunca passou. Nem sei se chamo começo, ou,  recomeço, de algo que ficou esquisito há um tempo e que agora queremos resgatar. Será isto possível?. Será que vai dar certo?. Ele não está aqui, nem eu estou lá. Estamos divididos. Cheios de sentimentos dúbios, de vontades antagônicas, se por um  lado existe a certeza de que queremos ficar juntos, por outro, há um medo imenso de que tudo não passe de fantasia, uma ilusão. Já não temos 19 anos, estamos mais amadurecidos mas também é certo dizer que estamos mais medrosos e menos afoitos. A entrega hoje, é feita com mais receio, as palavras são ditas num tom baixo, porque se falamos alto parecem assustadoras, o amor por vezes parece estranho, por isto, seguimos sussurrando...para não nos assustarmos com esta nova, velha condição. Ainda amo intensamente, imensamente, esta é a única certeza. É o mesmo amor de antes, do começo, ainda o vejo como um menino, apesar dele está tão diferente. Ele está tão bem, parece mais homem, mais forte, mais bonito. Ah... a vida é assim mesmo, tende a ser mais injusta com nós, mulheres. Eles envelhecem, chegam aos quarenta, e tudo o que ganham de presente são alguns fios prateados e de quebra um charme...que nos faz perder o tino, verdadeiro desatino. Quanto a nós, se não nos cuidamos desde novinhas, corremos o risco de chegarmos aos "enta", envelhecidas, flácidas, muchas e carregando a alcunha de "tia" de Deus e do mundo inteiro. Mas quem disse que a vida é justa?. Eu me olho no espelho e não me reconheço, aquela pessoa refletida ali me parece uma completa estranha. Já ele, elegantemente, sedutoramente, diz que eu não mudei nada, que meu sorriso, meu olhar, meu jeito de amar continuam os mesmos. Mentiroso, ele quer me engabelar, me conquistar, mal sabe ele....que nem precisa tanto esforço,  pra ele sou sempre tão "fácinha, fácinha". Vivemos um hiato de dois anos, com idas e vindas mal sucedidas, encontros e desencontros frustrantes, mágoa e dor, pra que nos arriscarmos de novo?. Talvez, porque não precise ser assim, o amor não tem que ser assim, cheio de desespero,  medo, orgulho e dor. O amor dispensa as falsas promessas, os erros infantis, as desculpas esfarrapadas, o roteiro pronto. Amar não é um jogo, uma batalha, não tem que ter um troféu, um prêmio, pois, não há um vencedor. E é  melhor deixar o tempo ajustar os pequenos detalhes, nos ensinar a viver esse estranho amor... Eu não quero ter que  procurá-lo nos braços de outra pessoa, não quero outro abraço além do dele, mas não quero mais me enganar, me iludir, desta vez, quero saber onde os meus pés estão pisando..., eu quero a realidade, o encontro final, já chega de idas e voltas, o roteiro antigo já me cansou. Se não for assim, é porque não tinha que ser...
Beijos.

4 comentários:

  1. Que lindo e justo esse tu querer..

    O tempo passa, ainda bem para os dois, ainda que parece eles ficam melhores, como o vinho...rsrs


    E tens razão em querer a segurança de um amor maduro...Lindo.Tudo de bom,beijos,chica

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  2. Oi, florzinha!
    Eu, honestamente, acredito que sempre há chance enquanto há amor. E como no seu caso há amor de sobra, as chances aumentam exponencialmente!
    Acho que você está coberta de razão em querer calma, tranquilidade e pinsar bem firme no chão para evitar tropeços desnecessários.
    Boa sorte e seja feliz! Com ou sem!rs
    bjs

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  3. ♥ Dê uma chance ao amor! Ame intensamente, é muito bom esse sentimento!
    Ame agora, viva o hoje!
    Felicidades! ♥
    Beijos! ♥

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  4. Acredito que o tempo irá dizer essas idas e vindas, econtros e desencontros. Tudo acontece quando DEVe acontecer.
    Mas que amar é uma delicia, essa sensação de que o amor ainda esta nor ar é sempre boa. Então
    PERMITA-SE,
    seja feliz
    bom fds
    bejos

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